só guarde assim
nesses de teus dias
espaço pra mim,
pro meu destempero,
meu discurso insensato
pro meu bem querer.
guarde um pedaço
do seu abraço
que queira se perder
infinito em meus braços.
me dá teu dia
que quem sabe outro dia
a gente dorme e acorda
em harmonia
e se por acaso eu chegar
a nao ter o que dar
não importa o lugar
saiba, estará
em minha compania.
se abre pra mim
que só assim
a dor alivia
porque triste assim
só vamos ser fim
ternura e agonia.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
domingo, 24 de outubro de 2010
não tenho cor
pra te pintar o dia
sou toda fria
mas te aqueço o corpo
com todo descaso
da minha companhia.
não tenho a linha
das novidades
e me divido em partes
para tentar estar
onde você está.
não tenho a calma
de quem dorme
e nem o tempo
de quem acorda
mas te quero assim
e nem sei dizer
de que jeito é.
é esse amor
que posso te dar
que te transborda,
te encharca
e persegue.
porque sou assim
e o que corre em mim
não sei controlar.
pra te pintar o dia
sou toda fria
mas te aqueço o corpo
com todo descaso
da minha companhia.
não tenho a linha
das novidades
e me divido em partes
para tentar estar
onde você está.
não tenho a calma
de quem dorme
e nem o tempo
de quem acorda
mas te quero assim
e nem sei dizer
de que jeito é.
é esse amor
que posso te dar
que te transborda,
te encharca
e persegue.
porque sou assim
e o que corre em mim
não sei controlar.
wrong
"there's something wrong with me
chemically
something wrong with me inherently
the wrong mix
of the wrong genes
reach the wrong ends
by the wrong means"
chemically
something wrong with me inherently
the wrong mix
of the wrong genes
reach the wrong ends
by the wrong means"
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
seria o tempo ideal
se não fosse corrido
não tivesse escorrido
pingado e contado
seria a medida ideal
se mensurável fosse.
se eu fosse forte
diria que sou o que sou
e acabou
somos nós
mas sou só poeira
e digo que serei estrela
se o tempo houver
se o amor ficar
eu quero tudo
a farpa, o beijo, o gosto.
quero permanecer em seu abraço infinito
quero conhecer valores absurdos.
te quero toda
toda palavra da tua boca
cada feixe de luz
dos teus olhos
cada flash de sua memória.
eu sou poeira e quero você
e tudo mais que puder ser.
se não fosse corrido
não tivesse escorrido
pingado e contado
seria a medida ideal
se mensurável fosse.
se eu fosse forte
diria que sou o que sou
e acabou
somos nós
mas sou só poeira
e digo que serei estrela
se o tempo houver
se o amor ficar
eu quero tudo
a farpa, o beijo, o gosto.
quero permanecer em seu abraço infinito
quero conhecer valores absurdos.
te quero toda
toda palavra da tua boca
cada feixe de luz
dos teus olhos
cada flash de sua memória.
eu sou poeira e quero você
e tudo mais que puder ser.
domingo, 22 de agosto de 2010
já não sei do tempo
nem sei de mim.
queria me liquefazer
e junto ao esgoto
apenas escorrer,
sem ningém perceber
sobre o concreto morto
queria atirar
meu corpo frio
no fundo do mar
para te libertar
do meu amor vazio.
queria me pausar
evaporar,
se livre no céu
tanto faz minha dor,
poderia até chorar.
queria explodir
se em fogo e brasa
pudesse queimar
meus delírios e vaidades
sem ninguém notar.
nem sei de mim.
queria me liquefazer
e junto ao esgoto
apenas escorrer,
sem ningém perceber
sobre o concreto morto
queria atirar
meu corpo frio
no fundo do mar
para te libertar
do meu amor vazio.
queria me pausar
evaporar,
se livre no céu
tanto faz minha dor,
poderia até chorar.
queria explodir
se em fogo e brasa
pudesse queimar
meus delírios e vaidades
sem ninguém notar.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
quebra
grito pra dentro
como quem engole
metade de si,
larga a mão
que ofereci
se vier a ser
mulher que sofre
e te faz sofrer.
e de uma vez
vomita o silencio
que se liquefez
em coisas que disse
sem dizer
reluta, amarga
ao dar sem ter
e cai selada
no corpo quente
que acolhe
do pior que sente
lamento dizer
que não estou aqui
mas sim em ti
pois, se fugi
foi sem querer
e para quem ouviu
sem entender
para quem viu
sem se envolver,
me dissolvi
sem você.
como quem engole
metade de si,
larga a mão
que ofereci
se vier a ser
mulher que sofre
e te faz sofrer.
e de uma vez
vomita o silencio
que se liquefez
em coisas que disse
sem dizer
reluta, amarga
ao dar sem ter
e cai selada
no corpo quente
que acolhe
do pior que sente
lamento dizer
que não estou aqui
mas sim em ti
pois, se fugi
foi sem querer
e para quem ouviu
sem entender
para quem viu
sem se envolver,
me dissolvi
sem você.
domingo, 27 de junho de 2010
veneno
eu me afogo em vício
e não consigo esconder
que cada parte aqui
te consome, assim
tudo em você
pertence a mim.
fecha teus olhos
e te surda se então
nao podes medir
o tamanho do caos
que aqui se passa.
me tranquei sozinha
e aqui bebi
meu próprio veneno
e o sinal de vida
sumiu até que
de tão pequeno
hoje me permito
ser e não ser
neguei coisas que sou
por não me permitir.
te prendo num laço
nao vou te deixar
escapar,até que
me deixes ficar.
tento me esconder
pra me proteger
mas essa loucura
que só cresce em mim
é veneno que cura
a dor de existir.
e não consigo esconder
que cada parte aqui
te consome, assim
tudo em você
pertence a mim.
fecha teus olhos
e te surda se então
nao podes medir
o tamanho do caos
que aqui se passa.
me tranquei sozinha
e aqui bebi
meu próprio veneno
e o sinal de vida
sumiu até que
de tão pequeno
hoje me permito
ser e não ser
neguei coisas que sou
por não me permitir.
te prendo num laço
nao vou te deixar
escapar,até que
me deixes ficar.
tento me esconder
pra me proteger
mas essa loucura
que só cresce em mim
é veneno que cura
a dor de existir.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
passeio
eu saí de casa
pois deu a hora
e fez sol.
saí descalça
como quem chora
saí chorando
como quem sente
eu saí de casa
sem destino
e sem mim
e sem calma
fazia sol
na madrugada
e parecia absurdo
mas foi assim.
eu saí de casa
assim que deu
por que, não sei.
levei na mão
qualquer razão
não medi tempo
de mim, nada sei
mas o que trazia
por lá deixei
pois deu a hora
e fez sol.
saí descalça
como quem chora
saí chorando
como quem sente
eu saí de casa
sem destino
e sem mim
e sem calma
fazia sol
na madrugada
e parecia absurdo
mas foi assim.
eu saí de casa
assim que deu
por que, não sei.
levei na mão
qualquer razão
não medi tempo
de mim, nada sei
mas o que trazia
por lá deixei
sábado, 19 de junho de 2010
segunda-feira, 14 de junho de 2010
escuta,
perdoa-me o absurdo
da palavra insensata,
se eu falar na hora errada
perdoa-me o mal gosto
se eu vestir roupa rasgada
perdoa-me o desgosto
se eu perder a data marcada
desculpa se de repente
eu perco o bom senso
se eu esquecer
teu nome do meio
ou falar a verdade
sem fazer rodeio
se a flor que eu te der
nao for tua favorita
ou se a tarde comigo
não for divertida
se eu fizer tudo errado
se der tudo errado
ainda assim
olhe pra mim, sou assim:
certo ou errado
te quero e sempre
comigo,e fim.
da palavra insensata,
se eu falar na hora errada
perdoa-me o mal gosto
se eu vestir roupa rasgada
perdoa-me o desgosto
se eu perder a data marcada
desculpa se de repente
eu perco o bom senso
se eu esquecer
teu nome do meio
ou falar a verdade
sem fazer rodeio
se a flor que eu te der
nao for tua favorita
ou se a tarde comigo
não for divertida
se eu fizer tudo errado
se der tudo errado
ainda assim
olhe pra mim, sou assim:
certo ou errado
te quero e sempre
comigo,e fim.
sábado, 12 de junho de 2010
espero
te espero tranquila
e sei que vens
pois guardo comigo
algo só teu
te espero sozinha
em nosso canto
me volta o ar
ao te ver chegar
se vens para mim
te espero contigo
e não é minha alma
que o corpo segura
espero pois sei
que quando se vai
me deixa assim tão pequena
que desejaria estar
guardada em teu peito
como um colar.
e sei que vens
pois guardo comigo
algo só teu
te espero sozinha
em nosso canto
me volta o ar
ao te ver chegar
se vens para mim
te espero contigo
e não é minha alma
que o corpo segura
espero pois sei
que quando se vai
me deixa assim tão pequena
que desejaria estar
guardada em teu peito
como um colar.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
atraso
sei que passou da hora
que já deveria ter chegado
mas tudo em meu tempo -
eu divago, me entrego
5 passos por vez:
um dia chego lá.
que já deveria ter chegado
mas tudo em meu tempo -
eu divago, me entrego
5 passos por vez:
um dia chego lá.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
dito
ele me disse que eu deveria andar até o fim da rua
ver o cinza, o veludo e o concreto
estrangulando o resto dos tons
que daqui não posso tocar.
mas aqui estou segura, eu lhe disse, e vou ficar.
ver o cinza, o veludo e o concreto
estrangulando o resto dos tons
que daqui não posso tocar.
mas aqui estou segura, eu lhe disse, e vou ficar.
domingo, 23 de maio de 2010
líquido
deve haver dentre as linhas
que tanto persigo
em meus papéis
palavra tal que
ousasse descrever
aquilo tudo que sinto
se estás ao meu lado:
só me ocorrem palavras
que não têm dimensão;
talvez um líquido
que invade meu corpo
flui entre os estreitos
cai de meus abismos
corre em minhas veias
que me inundou outro dia
em que estava perdida
sem mais o que esperar
sem ter onde procurar.
sem avisar,
sem que perceba
me toma o corpo,
me afoga em si.
que tanto persigo
em meus papéis
palavra tal que
ousasse descrever
aquilo tudo que sinto
se estás ao meu lado:
só me ocorrem palavras
que não têm dimensão;
talvez um líquido
que invade meu corpo
flui entre os estreitos
cai de meus abismos
corre em minhas veias
que me inundou outro dia
em que estava perdida
sem mais o que esperar
sem ter onde procurar.
sem avisar,
sem que perceba
me toma o corpo,
me afoga em si.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
mentira
peço calor
e nada retorno
é porque sou
todo seu temor,
a mentira
como meu amor.
eu juro que quero
e assim desespero
mas é mentira
eu sou longe
é mentira
eu sou norte
releve
eu sou livre.
vejo o horizonte
que o mar devora
e o ceu prensa
em água densa
e pergunto o porquê.
sou aquela
que em sua mentira
desatina
e suspira
sem chão
sem palavras
depois:
não posso insistir
te persuadir
servir-te de adorno
eu não sou assim:
fujo discreta
até o fim.
e nada retorno
é porque sou
todo seu temor,
a mentira
como meu amor.
eu juro que quero
e assim desespero
mas é mentira
eu sou longe
é mentira
eu sou norte
releve
eu sou livre.
vejo o horizonte
que o mar devora
e o ceu prensa
em água densa
e pergunto o porquê.
sou aquela
que em sua mentira
desatina
e suspira
sem chão
sem palavras
depois:
não posso insistir
te persuadir
servir-te de adorno
eu não sou assim:
fujo discreta
até o fim.
domingo, 16 de maio de 2010
sexta-feira, 14 de maio de 2010
êxtase
esteja ao meu lado
porque sou em ti
corpo em êxtase
e grita a alma:
os pés desejam teu chão,
meu fôlego teu ar.
do teu lado sou fogo
sou fogo e grito
em desejo silêncioso.
porque sou em ti
corpo em êxtase
e grita a alma:
os pés desejam teu chão,
meu fôlego teu ar.
do teu lado sou fogo
sou fogo e grito
em desejo silêncioso.
domingo, 9 de maio de 2010
laço
sou disforme
e ainda distante
me alimento
em tua surpresa
ainda que falte dom
que eu perca o tom
serei terra
e hei de alcançar-te
com meus tentáculos
e de prender-te
em meus espinhos
quero que beba
todo meu veneno
para te guardar
cativa
e terna
e certa.
do teu rosa
vestir o céu
e da boca
roubar-te a voz
quero teu corpo
a disfarçar teu eu
todo em nós.
e ainda distante
me alimento
em tua surpresa
ainda que falte dom
que eu perca o tom
serei terra
e hei de alcançar-te
com meus tentáculos
e de prender-te
em meus espinhos
quero que beba
todo meu veneno
para te guardar
cativa
e terna
e certa.
do teu rosa
vestir o céu
e da boca
roubar-te a voz
quero teu corpo
a disfarçar teu eu
todo em nós.
sábado, 1 de maio de 2010
quarta-feira, 21 de abril de 2010
cadeia
estive incessante
a te procurar
arrastei correntes
me desconstruí
certas vezes
quis morrer
será que devo fugir?
ou em minhas palavras
tentar me redimir?
talvez renascer
mas agora desisto:
desejo apenas dormir.
não trago comigo
nenhuma surpresa
e nada cultivo
em minha cela
podemos dançar
alguma mentira
ou calar
pela imensidão
te daria meu sabor
meu tempo
minha certeza
mas só me retiro
sem hesitar
e não me despeço
se estou a sangrar.
a te procurar
arrastei correntes
me desconstruí
certas vezes
quis morrer
será que devo fugir?
ou em minhas palavras
tentar me redimir?
talvez renascer
mas agora desisto:
desejo apenas dormir.
não trago comigo
nenhuma surpresa
e nada cultivo
em minha cela
podemos dançar
alguma mentira
ou calar
pela imensidão
te daria meu sabor
meu tempo
minha certeza
mas só me retiro
sem hesitar
e não me despeço
se estou a sangrar.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
fuga
tentei fugir
corrí em espirais
ví a vida transcender
em delirios surreais
devo me dissolver
em fumaça e vapor
ou apodrecer
me decompor
e sumir.
corrí em espirais
ví a vida transcender
em delirios surreais
devo me dissolver
em fumaça e vapor
ou apodrecer
me decompor
e sumir.
desamor
se a voz destila
soberda e ardor
e desenganada
me deito no chão
e cravo nas mãos
a carne nua.
vozes ofegantes
palavras vazias
mantenho-me só
em tua compania
mas sei que guardo
fardo pesado
se estás ao lado
e de nada adianta
ter em minha mão
tua pele macia
e na garganta ensaio
tua despedida.
procuro nas festas
pequenos sorrisos
olhares perdidos
trocados, cedidos
e beijos que fazem
de mim a atrevida
mulher combalida
que em desamor,
se dá por vencida.
soberda e ardor
e desenganada
me deito no chão
e cravo nas mãos
a carne nua.
vozes ofegantes
palavras vazias
mantenho-me só
em tua compania
mas sei que guardo
fardo pesado
se estás ao lado
e de nada adianta
ter em minha mão
tua pele macia
e na garganta ensaio
tua despedida.
procuro nas festas
pequenos sorrisos
olhares perdidos
trocados, cedidos
e beijos que fazem
de mim a atrevida
mulher combalida
que em desamor,
se dá por vencida.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
cidade
a triste cidade insalubre
e sua gama de cores
veste em dourado
as putas curtidas
e damas distintas
com seus senhores:
alguns genuínos,
alguns impostores.
-queria estar cansada
e não poder fingir.-
mas me vejo exaltada
e meu sangue cinza
escorre na vala.
em minhas vestes
trago a poeira
das ruas que não habito
mas guardam de mim
silêncio e grito.
meus pés percorreram
toda e qualquer via
tudo procurei,
achei e perdí.
e em doce delírio
chorei ao partir
mas com ou sem temor
vendi minha alma
e já não estou aqui
julgo incoerente
do luxo ascendente
ao berço de lixo
teus braços e afluentes
acolhem teu prodígio
em glória decadente.
e sua gama de cores
veste em dourado
as putas curtidas
e damas distintas
com seus senhores:
alguns genuínos,
alguns impostores.
-queria estar cansada
e não poder fingir.-
mas me vejo exaltada
e meu sangue cinza
escorre na vala.
em minhas vestes
trago a poeira
das ruas que não habito
mas guardam de mim
silêncio e grito.
meus pés percorreram
toda e qualquer via
tudo procurei,
achei e perdí.
e em doce delírio
chorei ao partir
mas com ou sem temor
vendi minha alma
e já não estou aqui
julgo incoerente
do luxo ascendente
ao berço de lixo
teus braços e afluentes
acolhem teu prodígio
em glória decadente.
quarta-feira, 31 de março de 2010
luzes
das horas em branco
escorre lentamente o dia
me mantenho acordada
absorvendo a luz
que tanto me avaria.
é a noite e seu véu
que me envolde o âmago
e me embriaga
de sua escuridão
e hoje a noite crua
me pede perdão
se por compaixão
sou mais uma das tuas
eu devolvo hesitante
ao espelho dos teus olhos
a cor que é só minha
a hora metamórfica
difusa em luz do dia
meu corpo é poeira
a alma agonia.
escorre lentamente o dia
me mantenho acordada
absorvendo a luz
que tanto me avaria.
é a noite e seu véu
que me envolde o âmago
e me embriaga
de sua escuridão
e hoje a noite crua
me pede perdão
se por compaixão
sou mais uma das tuas
eu devolvo hesitante
ao espelho dos teus olhos
a cor que é só minha
a hora metamórfica
difusa em luz do dia
meu corpo é poeira
a alma agonia.
quinta-feira, 25 de março de 2010
teia
se pudesse meu desejo
chegar ao tempo
que te desejei
desejaria minha sorte
que não a morte
nem nada maior
que o que te deixei
me vejo insistente
por tua inércia
e presença quente
a me rodear
queria-te intensa
e assim contante
no eterno instante
que envolvo teus delírios
e meu seio abriga
teus sonhos vazios
te quero despida
de todo pudor
e na noite cinza
te espero paciente
para juntar minha dor
á tua dor
que seja verdade
enquanto te veja
fiel a teu canto
ainda que tragas
sorriso ou pranto
teu próximo plano
afetos quaisquer
teço a rede
pra te envolver
e te faço livre
para desatar
se fazes de mim
sempre teu lar
chegar ao tempo
que te desejei
desejaria minha sorte
que não a morte
nem nada maior
que o que te deixei
me vejo insistente
por tua inércia
e presença quente
a me rodear
queria-te intensa
e assim contante
no eterno instante
que envolvo teus delírios
e meu seio abriga
teus sonhos vazios
te quero despida
de todo pudor
e na noite cinza
te espero paciente
para juntar minha dor
á tua dor
que seja verdade
enquanto te veja
fiel a teu canto
ainda que tragas
sorriso ou pranto
teu próximo plano
afetos quaisquer
teço a rede
pra te envolver
e te faço livre
para desatar
se fazes de mim
sempre teu lar
segunda-feira, 22 de março de 2010
queda
acho que perdi
a conta de mim
ví o tempo da luz
esvair-se em noite cega
tentei tudo além
daquilo que ví
entre tudo que sei
o que sou
e o que aparece
gritei suplicante
por um corpo
que me coubesse
mas entre a terra e o céu
ninguém ouviu minha prece
e ainda perdida
e sem dimensão
senti meu caminho
tender ao infinito
abaixo do chão
a conta de mim
ví o tempo da luz
esvair-se em noite cega
tentei tudo além
daquilo que ví
entre tudo que sei
o que sou
e o que aparece
gritei suplicante
por um corpo
que me coubesse
mas entre a terra e o céu
ninguém ouviu minha prece
e ainda perdida
e sem dimensão
senti meu caminho
tender ao infinito
abaixo do chão
segunda-feira, 15 de março de 2010
sexta-feira, 12 de março de 2010
corpo de lama
quando partir
não diga o sentido
tudo ao ar
parece divino
se voa
ou apenas sucumbe
a todo destino
caindo perdido
quero deixar-te
a sós com teus dramas
guarda tuas armas
teu desejo crú,
pele em chamas.
não podes mais ver-me
a alma nua
e se queres recomeço
só trago separação
deixo a deixa certa
palavra aberta
e nenhuma promessa
enceno uma trama
e te quero mal
espero a primavera
florecer
este corpo de lama
não diga o sentido
tudo ao ar
parece divino
se voa
ou apenas sucumbe
a todo destino
caindo perdido
quero deixar-te
a sós com teus dramas
guarda tuas armas
teu desejo crú,
pele em chamas.
não podes mais ver-me
a alma nua
e se queres recomeço
só trago separação
deixo a deixa certa
palavra aberta
e nenhuma promessa
enceno uma trama
e te quero mal
espero a primavera
florecer
este corpo de lama
terça-feira, 9 de março de 2010
teorema
por todos estes dias
andei embaraçada
pelas vias e praças
mas não te encontrei
todos os dias
acordei fatigada
dormi dopada
estive gelada.
a cada hora
destoava
algo em mim
que gritava
o que a voz queria calar
minha alma
cansada
já não quer meu corpo só.
e se me jogo ao alcance
do teu olhar
e eu estou atada,
estampa a tez
é do meu corpo, e só
que a alma tem dó
andei embaraçada
pelas vias e praças
mas não te encontrei
todos os dias
acordei fatigada
dormi dopada
estive gelada.
a cada hora
destoava
algo em mim
que gritava
o que a voz queria calar
minha alma
cansada
já não quer meu corpo só.
e se me jogo ao alcance
do teu olhar
e eu estou atada,
estampa a tez
é do meu corpo, e só
que a alma tem dó
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
segredo
tudo em ti me desarma
teu olhar amoroso
teu descaso, no caso,
uma expressão de vigor
e também se cansada.
gosto do calor das pernas,
da boca calada.
e te vejo terna, indiferente.
uma alegria mal forjada
de expressão duvidousa
enigmática
se autêntica,
és retalhada.
das vozes
por vezes suave
me parece rouca
se é grave, muito grave.
tua forma fina
ou volúpia fechada
o frágil sorriso bélico
os trajes, se desarmada.
me deixo envolver
cortando tuas asas
me queima teu prazer
a espera, e sempre estática
estou sempre atenta
á tua volta ou partida
e assim te desejo
ferida.
teu olhar amoroso
teu descaso, no caso,
uma expressão de vigor
e também se cansada.
gosto do calor das pernas,
da boca calada.
e te vejo terna, indiferente.
uma alegria mal forjada
de expressão duvidousa
enigmática
se autêntica,
és retalhada.
das vozes
por vezes suave
me parece rouca
se é grave, muito grave.
tua forma fina
ou volúpia fechada
o frágil sorriso bélico
os trajes, se desarmada.
me deixo envolver
cortando tuas asas
me queima teu prazer
a espera, e sempre estática
estou sempre atenta
á tua volta ou partida
e assim te desejo
ferida.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
espelho
Se nada está certo
Grito
Se nada mudar
Finjo
O mundo acabar,
sinto.
Se o peito doer
Canto
Se o amor se for
Pranto
Enquanto há som
Calo
Ainda que partida
Sigo
E sei que ninguém
caminha comigo.
Grito
Se nada mudar
Finjo
O mundo acabar,
sinto.
Se o peito doer
Canto
Se o amor se for
Pranto
Enquanto há som
Calo
Ainda que partida
Sigo
E sei que ninguém
caminha comigo.
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