quarta-feira, 30 de março de 2011

e te amo quando tudo parece perdido
fazendo ou não sentido
e fico vendo o fim chegar.

eu te amo na alegria e na tristeza
no silencio e na resposta
apesar de não parecer

amo até as mentiras
e a dor de não ser
quem compartilha de tudo em sua vida
e tudo mais que não posso ter.

te amo na manhã ensolarada
que nós não gostamos
por que virão os dias nublados
e com eles vão-se os fados.

te amo nos dias de fastio
que guardamos rancor
e sentimentos vazios

e como dois estranhos
e nos alimentamos
de desamor.

mas é o calor
da tua companhia
que me me alivia
a dor de viver

e é o sabor
de te ter todo dia
que faz a ferida
parar de arder

é no teu sonho
que guardo meus sonhos
de estar com você
até o último dia
que eu penso em viver.

quinta-feira, 17 de março de 2011

quebrei-te ontem
em pedaços
meu corpo a digeria
até sei
que só sabia
de seus atos
os que deveria.

encanto a noite
com mais apatia
ela me pede
só energia

mas subo tão cedo
que até sem medo
sequer amanhã
te cobraria

um dia, mais um
com medo de mim
e as coisas ali
se resumiam.

já a desiludí
e bem assim
ficarei calada
e só de mim
não esperas mais nada
se acaso pudesse
descrever
o tamanho do teu descaso

talvez pudesse
fazer do amor
um caso.

quarta-feira, 2 de março de 2011

nem mais acredito
naquilo que faço
não temo o futuro
nem qualquer pedaço

eu te perco e te encontro
aqui dentro de mim
e o faço assim
sem nem perceber

te construo e te ensino
a me ter e perder
num só caminho
caminho e só
só posso ser em parte
teu ser.
nosso corpo é cor
que sem porquê
pode descrever
parâmetro sem escala

o corpo é cinza
que parece até mais
um mar de tons
e sons secretos.

decompor
sabores e fatos
desejos discretos
temperos e fados
e alimentar
os dias amargos.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

a dor transcende
as portas do quarto
os copos quebrados
o amor que flui
e o que resseca.


insisto em contar
todos os segundos
e me vejo cavando
caminhos profundos



para me perder
todos os caminhos
chegam a você
é só teu corpo
me enlaçar num abraço
que eu posso crer
que não haja mais
realidade
ou fantasia.
e de nada importaria
ser tudo verdade
e até não ser
se ao amanhecer
pudermos ter
eu e você