sábado, 19 de janeiro de 2013

você
teu riso
tua agonia
teu cheiro
teu ar
teu tempo meio lento
tua presença e falta
teu eu meu e nosso

nós
nossa alegria
nossa nostalgia
nossa angústia
nosso tempo
nossa música
nosso sabor
nosso amor e desamor
nossa plena sintonia


eu
o acre
a sombra
a duvida
a memoria
a falta
minha dor, tortura
meu azar
opção, mania, insistência
meu nós

o breve silencio
da longa resposta
e digo em metades
com belos enganos
as duras verdades

e por trás do desdém
me escondo da angustia
daquela que quer dar-te o que não tem

me corta a carne
doce impressão
e despida das máscaras
me aguarda a solidão

e não mais te iludas
com as coisas belas
e teu próximo passado
afogue
nos tristes copos
de tuas donzelas