segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

tropecei embriagada
nas visceras e arterias laceradas
e quase afogava
em meu proprio mar de solidão

eu alimento aqui todas as feras
e não me aflige tanto assim nenhum perdão

eu me enforco em um nó de entranhas
respiro o ar exaurido em teu pulmão

não tenho medo dos males da cidade
não tenho pressa em sair da prisão
das paredes mortas do meu quarto
gotas de alucinação

fantasias que deleito
toda vez que me deito
e não vejo o mundo girar
ardendo em falta
e excesso de tentação

domingo, 12 de fevereiro de 2012

entalou-me a voz
que aqui carrrego:

fiquei sem teto, fiquei sem chão.
não sei viver tranquilamente
nunca tenho razão.

procurava na noite o brilho
nas luzes da cidade, no céu
das meninas, quem sabe...
por onde andarão?

daqui da corda bamba
te espreito secretamente:

será que teu corpo consente
fazer-me da alma contente?