sexta-feira, 16 de abril de 2010

desamor

se a voz destila
soberda e ardor
e desenganada
me deito no chão
e cravo nas mãos
a carne nua.


vozes ofegantes
palavras vazias
mantenho-me só
em tua compania


mas sei que guardo
fardo pesado
se estás ao lado
e de nada adianta
ter em minha mão
tua pele macia
e na garganta ensaio
tua despedida.


procuro nas festas
pequenos sorrisos
olhares perdidos
trocados, cedidos
e beijos que fazem
de mim a atrevida
mulher combalida
que em desamor,
se dá por vencida.

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