quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

segredo

tudo em ti me desarma
teu olhar amoroso
teu descaso, no caso,
uma expressão de vigor
e também se cansada.

gosto do calor das pernas,
da boca calada.

e te vejo terna, indiferente.
uma alegria mal forjada

de expressão duvidousa
enigmática
se autêntica,
és retalhada.

das vozes
por vezes suave
me parece rouca
se é grave, muito grave.

tua forma fina
ou volúpia fechada
o frágil sorriso bélico
os trajes, se desarmada.

me deixo envolver
cortando tuas asas
me queima teu prazer
a espera, e sempre estática

estou sempre atenta
á tua volta ou partida
e assim te desejo
ferida.

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