sexta-feira, 12 de março de 2010

corpo de lama

quando partir
não diga o sentido
tudo ao ar
parece divino
se voa
ou apenas sucumbe
a todo destino
caindo perdido

quero deixar-te
a sós com teus dramas
guarda tuas armas
teu desejo crú,
pele em chamas.

não podes mais ver-me
a alma nua
e se queres recomeço
só trago separação
deixo a deixa certa
palavra aberta
e nenhuma promessa

enceno uma trama
e te quero mal
espero a primavera
florecer
este corpo de lama

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