domingo, 19 de maio de 2013
desvio das telas
e suas pequenas polegadas
eu vou além
dos topos dos prédios,
das dunas, das casas
somos um corpo só
um pedaço de tanto
e só o corpo, no entanto
é nossa própria extensão
de um longo verso
e o mundo todo inverso
eu ouço as pegadas
nas praças e calçadas
ouço a madrugada,
suas memórias sórdidas
o que as ruas paradas
tentam dizer
eu tenho tanto a fazer
e não tenho tempo
tantas lentes, espelhos
breves ensejos
e tão logo receio
mas findo num corpo só
e tão só de longe te vejo.
sexta-feira, 26 de abril de 2013
trafego em caminhos
por tortuosos versos
cidades, desertos
restos e estilhaços
vestígios e laços
o que já se foi
eu construí
com a alma e afinco
meu próprio universo
o que foi seu templo
guardei em meu tempo
seu melhor lugar
fiz e refiz
pirâmides, labirintos
e já nem sei mais
o caminho de casa
já nem sei quem sou
me perdi no escuro
numa casa inabitada
e de parte em parte
num breve descaso
me retiro e desfaço
teu corpo em cinzas
e cores sucintas
num longo laço.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
sábado, 19 de janeiro de 2013
você
teu riso
tua agonia
teu cheiro
teu ar
teu tempo meio lento
tua presença e falta
teu eu meu e nosso
nós
nossa alegria
nossa nostalgia
nossa angústia
nosso tempo
nossa música
nosso sabor
nosso amor e desamor
nossa plena sintonia
eu
o acre
a sombra
a duvida
a memoria
a falta
minha dor, tortura
meu azar
opção, mania, insistência
meu nós
teu riso
tua agonia
teu cheiro
teu ar
teu tempo meio lento
tua presença e falta
teu eu meu e nosso
nós
nossa alegria
nossa nostalgia
nossa angústia
nosso tempo
nossa música
nosso sabor
nosso amor e desamor
nossa plena sintonia
eu
o acre
a sombra
a duvida
a memoria
a falta
minha dor, tortura
meu azar
opção, mania, insistência
meu nós
o breve silencio
da longa resposta
e digo em metades
com belos enganos
as duras verdades
e por trás do desdém
me escondo da angustia
daquela que quer dar-te o que não tem
me corta a carne
doce impressão
e despida das máscaras
me aguarda a solidão
e não mais te iludas
com as coisas belas
e teu próximo passado
afogue
nos tristes copos
de tuas donzelas
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