tropecei embriagada
nas visceras e arterias laceradas
e quase afogava
em meu proprio mar de solidão
eu alimento aqui todas as feras
e não me aflige tanto assim nenhum perdão
eu me enforco em um nó de entranhas
respiro o ar exaurido em teu pulmão
não tenho medo dos males da cidade
não tenho pressa em sair da prisão
das paredes mortas do meu quarto
gotas de alucinação
fantasias que deleito
toda vez que me deito
e não vejo o mundo girar
ardendo em falta
e excesso de tentação